Hiper. Tudo é hiper!
Este prefixo, elemento de formação de palavras, tem expressão bem vincada no nosso tempo. É uma das principais características das realidades que construímos.
Será exagero? Bem, se o for, pelo menos já o é, “hiper”!
Estamos na fase da história das hiper-assimetrias. Estão consagradas as desigualdades entre o Norte e o Sul. E todas as questões sociais a ela “hiper-ligadas” são assumidas sem discussão.
Ultimamente surge com maior acuidade a problemática da natalidade e do envelhecimento.
Curiosamente, há uma hiper-demografia face aos recursos disponíveis e à administração que lhes damos!
Depois, por consequência, aumentam as disparidades. E um pouco por todo o lado - fisicamente representado ou à distância do “clique” digital - o mundo está sob tensão; em hipertensão!
Esta hipertensão, como se deduz, não é mais do que uma metáfora do que pulsa em cada um de nós, cidadãos do mundo! A pulsação de cada um, pelo consumo e relação, é tensa. Hiper-tensa.
Esta realidade que ultrapassa os limites do suportável está na “rua”! E logo agora, no tempo das redes sociais, da net: twiter, blog, facebook, hi5,… tudo a aproximar!
Acontece, porém, que isso são apenas meios, ferramentas! E confundimos os meios com os fins!
Não há autenticidade
A nossa vertigem por ir mais longe não está a aproximar quem está mais perto e pode fazer a diferença.
Fugindo do pretensiosismo da moralidade, duas notas ilustrativas: a gestão dos apoios ao Haiti e aprovação do Orçamento de Estado 2010!
O que é comum em ambos os casos?
A falta de autenticidade nas propostas!
Cada protagonista usa o diálogo como arma. O que vale é a demagogia para conseguir alterar ou adulterar os interesses. É à vontade de cada, uma espécie de marketing de hipermercado!
No final, tomando ainda como referência as ilustrações, quem sofre é quem mais precisa, as pessoas.
Lá como cá, a rua está mais apartada e apertada.