Em frente, vamos!.

EM FRENTE, VAMOS! Com presença, serenidade e persistência, há boas razões para esperar que isto é um bem...

Páginas

terça-feira, 27 de abril de 2010

PL, in "Correio do Vouga" - 2010.04.28

A novela "comissão"

Nos últimos tempos temos assistido a fantásticas peças da arte de representação, as denominadas Comissão de Inquérito (não interessa a quê) e Comissão de Ética.

Vamos ver isto pela perspectiva lúdica.

Tentando imaginar, mais ou menos, com um pouco de esforço, um mix entre o trailer promocional de Rocky e do Big Brother. Três canais (pagos) em directo, três visões diferentes dos factos, dezenas de câmeras (ou câmaras) de filmar mais uma Câmara Representativa (o Parlamento!), actores residentes, actores convidados, uma trama com final previsível: confere número de deputados de cada cor!

Luzes… acção!

Horrível! O guião é fraquinho. Não passa de diz-que-disse; comentários abstractos; tentativas de perguntas a apelar aos factos, por consequência, tudo muito factual, pouco profundo. Os argumentos esbarram sempre no cenário omnipresente de mandar o assunto para os tribunais. Claro que o espectador começa a interrogar-se sobre o que estão para ali a fazer para além de entretenimento!?

Ilações políticas!? - outra nuance muito sublinhada. Também não é por ali. O resultado vai dar ao mesmo: confere número de deputados de cada cor!

Vamos ver isto pelo sentido prático.

Pagamos canais por cabo.

São necessários três directos?! Não valeria mais a pena o recurso ao Canal Parlamento para se fazer uma notícia sobre as matérias?!

Tudo escancarado em nome da liberdade.

Esta liberdade, não! Aquilo é devassa. Pormenores da vida das pessoas. Tantos direitos que se atropelam uns outros!

Para quando uma lei (citando Eduardo Madeira, nas “Notícias em Segunda Mão) que obrigue as pessoas a fazerem uma luta sobre os deveres!? Imaginar uma marcha nacional… “Queremos o dever de salvar Portugal”! “Queremos o dever de trabalhar.! “Queremos o direito a ter deveres!”

Durante algumas transmissões até dava a entender que se apelava à inquisição! Mas foi um problema fonético, falava-se de inquirição! Ficámos mais descansados porque em dados momentos era confuso ver diferenças!

Na casa da República, o trabalho parlamentar poderia ser um pouco mais nobre!

terça-feira, 20 de abril de 2010

PL, in "Correio do Vouga" - 2010.04.21

Eyjafjallajokull


Estranho, não é? Tão estranho que raramente é citado pelo nome; por todo o mundo está reconhecido como o Vulcão da Islândia - como se não houvesse mais vulcões na Islândia!

A resignação perante a fania do Eyjafjallajokull faz-nos ter mais respeito pelo que não dominamos ( e ainda bem!)

A Europa, à semelhança dos Séculos XV e XVI, influenciou a circum-navegação do mundo. O que leva a crer ainda há muito mundo à volta da Europa.

Dá que pensar…

Com a assumpção da vida sem Deus, o mesmo será dizer o triunfo das teses da morte de Deus, manda a criação que escutemos o Criador?! Pelo menos o poder da natureza ressurgiu e durante um fim-de-semana estivemos todos perante a evidência.

É curioso como o tempo da informação pode calar o pensamento, a sabedoria. E, a ser verdade, algumas simulações, cálculos e projecções informáticas mandaram parar a vida na maior via do universo, a aeronáutica!

Noutras circunstâncias, aproximadas a esta, o homem aproximou-se, descalçou as sandálias e escutou. As teofanias do Sinai promovem o Divino entre nós, agora promovemo-nos acima de Deus!

E para ser possível o reencontro, é necessário vencer novos Sinais!

Até pode não ser bem assim; não será importante confundir o diálogo (entre a razão e a fé) mas há nuvens negras sobre a Europa!

Estamos todos presos nessa nuvem que se vai movendo, alastrando, pouco visível da terra mas presente sobre as nossas cabeças.

É tão denso o fenómeno como a expressão de onde provém: Eyjafjallajokull!

Curiosamente, há anos, Dino Meira (Armandino Marques Meira) cantava que o céu da Europa têm um novo encanto, agradece ao homem vestido de branco!

Agora, as coisas estão muito diferentes. Há nuvens negras. Convém dissipá-las rapidamente. Novo ardor, nova Primavera, nova Missão!

terça-feira, 13 de abril de 2010

PL, in "Correio do Vouga" - 2010.04.14

Derby e Maratonas


Por estes dias joga-se mais jogo entre vizinhos com sede em Lisboa.

Como é curioso!? A expressão universalizou-se, sobretudo para o futebol, como Maratona estará para o atletismo.

A rivalidade sobre o domínio do eixo fluvial (Derwent) e a riqueza das terras e florestas da região de Derbyshire provocaram, na cidade inglesa com o mesmo nome, Derby, constates escaramuças, desde os Vickings; o seu posicionamento geográfico (quase idealmente situada no coração da Inglaterra, equidistante de ambas as costas, leste e oeste) terá sido inspirador para associarem, a uma boa disputa, a algo com o que secularmente é vivido no centro de Inglaterra.

Maratona universalizou-se assim também, como sabemos.

No ano de 490 a.C. quando os soldados atenienses partiram para a planície de Marathónas para combater os persas, na Primeira Guerra Médica, as suas mulheres ficaram ansiosas pelo resultado porque os inimigos tinham jurado que, depois da batalha, marchariam sobre Atenas, violariam as suas mulheres e sacrificariam os seus filhos.

Ao saberem dessa ameaça, os atenienses alertaram as esposas para, se não recebessem a notícia da vitória em 24 horas, matar os filhos e, em seguida, suicidarem-se.

Ganha a batalha, mas com a luta a levar mais tempo do que haviam pensado, temendo que executassem o plano, para o evitar, o general grego Milcíades ordenou que o mais veloz dos seus soldados, Filípides, corresse até Atenas, situada a cerca de 42 km dali, para levar a notícia. Filípides correu essa distância tão rapidamente quanto pôde e, ao chegar, conseguiu dizer apenas "vencemos", e caiu morto pelo esforço.

O que nos ensina a história?!

Depois do derby (mediático) de Carcavelos (entenda-se, Congresso do PSD) para escolher o seu “Filípides” vamos ver se ele consegue chegar a “Atenas” a tempo do PEC (Parar a Execução Colectiva)!!

Nas Maratonas temos tradição! Aprender com os gregos, com Sócrates à cabeça, é o que temos feito, mesmo noutros PEC’s.

As provas de longa duração ganha quem tiver maior capacidade de superação e resistência!